quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

"Parem todos os relógios.
Desconectem o telefone.
Impeçam o cão de latir com um suculento osso!

Calem os pianos, e, ao som de tambores rufando, tragam o caixão.
Que venha o cortejo.
Deixem os aviões voarem no céu, escrevendo a mensagem: "Ele está morto".
Ponham laços de crepom no pescoço das pombas.
Que os guardas de transito usem luvas pretas de algodão.
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste.
A minha semana de trabalho e o meu domingo.
Meu meio-dia, minha meia-noite, minha fala e minha canção.
Achava que o amor ia durar para sempre.
Eu me enganei.
As estrelas não são necessárias agora. Desliguem todas.
Embrulhem a lua e desmanchem o sol.
Esvaziem o oceano e limpem a mata, pois nada mais vale a pena."

...meu amor se foi e levou com ele meu coração, meu tato, olfato, visão e paladar.
nada tem a mesma graça.
avisa lá em cima que me leve junto.
pois nada mais vale a pena.

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