quarta-feira, 4 de maio de 2011

Depois que mais do que poderia ter sido dito foi dito.


Digestão.

As palavras, como os pensamentos, são o alimento pra alma, pra cabeça e pro corpo.
O ato de digestão acontece de maneira diferente, dessa vez.
Não foi a comida que pesou.

Pesou.

E com muito mais força, as palavras - ou a falta delas- no momento mais íntimo de um casal, no lugar mais íntimo. Livre de qualquer máscara, qualquer aparência.

Na cama.


Teu cheiro brota em mim uma vez que outra.

Te sinto cada vez mais perto; cada vez mais desnudo.
Difícil manter-se coberto?
Tão mais difícil desnudar-se...

O passado fala muito. E muito pouco ao mesmo tempo.
Mostra quem fomos e como seremos caso não se cavalgue pra outra direção.

Sinto o processo de entendimento cada vez mais presente.
E o de conhecimento também.
Te quero hoje pelo simples fato de existires.

E de te sentir nú. Ao meu olho nú.

O futuro à nós pertence!
Cabe à nós escrever o que não foi escrito. Ou previsto.
Logo eu.

O controle foge do meu controle.
O incerto me seduz e me assusta.
A gana de informação se faz presente e a descoberta, interessante.

Vivo, hoje, uma fase completamente nova. E leve.
Vivo, hoje, a intriga do (des)conhecimento.

Ganho por não apostar todas as minhas fichas de uma só vez
e por me livrar de qualquer culpa que o "se" possa carregar consigo.

Vivo o presente e amo.
Amo sim, o novo.
- Floripa, 29/04.
Na sacada.

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